sexta-feira, 10 de junho de 2011

A verdade! KIT ANTI-HOMOFOBIA.


Andei fuçando a internet, em busca de informações mais precisas sobre o KIT ANTI-HOMOFOBIA. O tal, vulgarmente apelidado pela oposição e principalmente pela bancada evangélica, "kit gay". 

Pra começar, me incomoda a apelação do nome "kit gay" e o tom preconceituoso com que anda sendo falado.
Mas, deixemos minha, modesta e humilde, opinião de lado. 

Eu queria a verdade e, por isso, formulei duas perguntas básicas para que fique bem claro o verdadeiro destino de uso do kit.

A quem se destina o KIT ANTI-HOMOFOBIA?

Pelo que percebi do que dizem as pessoas, todos estão muito enganados ao que diz respeito ao destino do KIT.
Pra começar, em momento nenhum se pensou em uma cartilha para alunos. O uso do KIT se destina ao corpo docente das escolas, para que professores, coordenadores, diretores (APENAS O CORPO DOCENTE), aprendam a lidar melhor com a situação de bullying nas escolas, principalmente dos alunos homofóbicos. O KIT não é obrigatório e se destina a escolas que tenham problemas com bullying e desejem usar o KIT como forma de informar ao corpo docente como lidar com essas questões.
Com o corpo docente informado e preparado para enfrentar o problema da homofobia, a convivência dos alunos, homossexuais ou não, nas escolas, se tornaria mais digna. Muitos homossexuais deixam as escolas por conta da humilhação diária que sofrem.

“O "kit de combate à homofobia nas escolas", que teve sua produção e distribuição suspensas pela presidente Dilma Rousseff na manhã desta quarta-feira, nunca foi destinado a crianças, não incluía a distribuição de cartilhas e não seria de uso obrigatório das escolas. Ele tinha como destino apenas as escolas de Ensino Médio que optassem por receber o material caso estivessem sofrendo situações de bullying entre seus alunos e alunas.
A ideia seria distribuir três vídeos de cinco minutos acompanhados de uma publicação de orientação para professores. As informações são da assessoria de imprensa do Ministério da Educação.
Segundo o órgão, o projeto que produziria o kit estava sob o guarda-chuva da Secad (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade) do MEC. Ele foi criado em meados de 2010 e sua produção só teria início no segundo semestre deste ano, após a fase de análises.
O destino seriam 6.000 das 20.000 escolas públicas de Ensino Médio no Brasil. O MEC ressaltou que, ao contrário do que afirmou o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), não existem, dentro do ministério, projetos de abordagem da homofobia voltados a crianças de 6 a 10 anos.
A assessoria de imprensa do MEC afirmou ainda que nenhum material impresso seria distribuído aos alunos. O material seria usado de acordo com a análise de cada escola, feita especificamente para seu próprio projeto pedagógico.
Em 2010, a pesquisa Homofobia nas Escolas apontou que homossexuais enfrentavam ambientes hostis nas escolas brasileiras. No ano anterior, um levantamento feito pela Universidade de São Paulo revelou que 87% da comunidade escolar tem preconceito contra homossexuais.” (fonte: Folha.com)

“Considerado peça-chave do kit, o caderno é um livro de 165 páginas, no qual o educador encontra referências teóricas, conceitos e sugestões de atividades e oficinas para se trabalhar o tema da diversidade sexual nas escolas. “O caderno ensina como fazer um projeto político-pedagógico a ser assumido pela escola como um todo sobre esse enfrentamento da violência homofóbica” (trecho da matéria do blog “Luis Nassif online”. Matéria completa em http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/como-sera-o-kit-anti-homofobia  )

O que compõe o KIT?

Destinado ao Ensino Médio, o kit é composto de caderno, pôster, carta ao gestor da escola, seis boletins (boleshs) e cinco vídeos.

Para quem quiser mais informações, passo aqui o contato do GRUPO ARCO-IRIS
Site: http://www.arco-iris.org.br
e-mail: arco-iris@arco-iris.org.br
end.: Rua do Senado, 230 – Cobertura - Centro - CEP: 20231-005 – Rio de Janeiro – RJ
tels.: (21) 2222-7286 - (21) 2215-0844

Betho Dias