sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Diferenças?

Quando andamos pelas ruas, nos deparamos com realidades de vida bem diferentes. Vemos pessoas das mais simples as mais sureais, das mais pobres e carentes as mais ricas e esbanjadoras. Enquanto uns gozam de carrões zero, roupas de grife, almoços e jantares em restaurantes todos cheios de guerigueri, como manda a etiqueta da boa sociedade, mas que acabam pagando muito e comendo pouco. Dou uma pequena pausa, para dizer que já passei por esta situação. Saí do dito restaurante ainda com fome, muita fome, e me dirigi ao centro da cidade, mais precisamente nos Arcos da Lapa para devorar um “podrão”, sentado no meio fio e tomando uma boa cerva. Mas, voltando ao assunto… Enquanto uns, poucos, gozam dessas firulas, outros muitas vezes nem tem dinheiro para tomar um ônibus e ir de sua casa a qualquer lugar. Muitos nem casa tem, que dirá comida ou alguma cerimônia para comer. Já frequentei muitos tipos de festas… Festas de ricos, em suas manções ou em casarões de festas, onde comida e bebida são contados e, pra variar, se não dermos uma boa gorjeta ao garçom para manter a mesa sempre abastecida de comida e bebida, saímos de lá com fome. Fui também as “festas de pobres”, as que mais gosto, onde vamos a uma casinha simples, muitas vezes na favela, comemos e bebemos a rodo, ficamos a vontade na lage daquela humilde caxanga, onde acontece todo o bafafa, o bafão! Mais tarde, quando já estamos tortos de tanto beber, ainda somos convidados a dormir para poder curar o porre. Quando acordamos no dia seguinte, nos deparamos com um farto café da manhã. Café, pão, manteiga e mortadela, mas com fartura. Junto com o café, vem o convite para o “enterro dos ossos”, que já estaria começando. Quando realmente decidimos ir embora, ainda levamos um monte de potes de comida, salgadinhos, docinhos e bolo. Tem coisa melhor? Ser tratado com carinho, respeito e amor, não importando de que classe social você venha, é muito bom. É claro, que toda regra tem sua exceção, e eu apenas me refiro aos extremos, o oito e o oitenta, deixando de lado comentários de outros tipos de festas desta verdadeira escalada social que existe em nosso planeta. Quem tem muito, quer sempre mais, enquanto quem tem pouco, está sempre a dividir o pouco que tem. Se procurarmos saber quem são os maus pagadores, constataremos que os pobres são os que mais pagam em dia suas prestações, enquanto os engravatados endinheirados e as peruas falidas, que continuam a ostentar uma posição a qual não pertencem mais, esses sim, devem cada vez mais. O que não podemos esquecer é que, perante Deus, somos todos iguais, ricos ou pobres, brancos, negros, amarelos ou as misturas disso tudo, heteros, bi ou homossexuais, enfim, essas diferenças somos nós mesmos, quanto sociedade, que teimamos em fazer. Do pó viemos, ao pó voltaremos. Para que rotular? Aprendamos com as diferenças! O que seria do azul se todos gostassem do amarelo? Alguém acha que se fossemos melhor que os outros estaríamos aqui? Claro que não!! Estamos todos aqui para aprender, desenvolver, crescer. Tolos os que desperdiçam a chance do entendimento, do estudo, do conhecimento e, principalmente, do auto-conhecimento. Só poderemos dizer se gostamos ou não de algo, se tivermos tido a chance de conhece-lo, de esxperimenta-lo. Todos somos iguais, somos seres humanos! Somos uma só força, uma só raça. A Raça Humana!! Aos ricos, aos engravatados endinheirados, as peruas falidas e a tantos outros, olhem mais a sua volta e ajudem seus semelhantes, não importando sua raça, religião ou posição social. Simplesmente fazer o bem sem pensar a quem. A caridade não se paga. Lembrem-se que vocês também podem vir a precisar. Aos pobres, simples e humildes, continuem assim como são, humanos, solidários, leais e, sobretudo, bons. E mais, Deus está sempre olhando por todos nós. Que “Ele” abra cada vez mais o nosso entendimento e que sejamos felizes com as coisas simples da vida. Que assim seja. Escrito por: Betho Dias

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